domingo, 3 de junho de 2012

REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS PLANTAS 1.3

 ENXERTIA

O que é Enxertia?

A enxertia é um método muito curioso de propagação vegetativa de plantas, sendo muito utilizada na produção de mudas de frutíferas, para a fruticultura. A técnica consiste basicamente em juntar os tecidos de uma planta aos tecidos de outra planta, que geralmente é da mesma espécie, passando a formar uma planta com as duas partes: o enxerto (copa, base) e o porta-enxerto (cavalo, topo).
Seu uso comercial é amplo na produção de frutas (fruticultura), utilizada na produção de mudas de: laranja, limão, manga, uva, tomate, pêssego, entre muitas outras.
É comum o plantio de laranjeiras cujas raízes são de limão cravo e a copa é de laranjeira. Essa planta produzirá frutos de acordo com a parte aérea.
O desenvolvimento de enxertos em laranjeiras...



Planta recém enxertada

 
  Gema desenvolvida


 
 
Mudas prontas para venda

Para quê enxertar?

Há motivos para fazermos isso. Não é por curiosidade. O propósito de tudo é juntar as melhores características de duas plantas em uma só!
Os principais motivos do uso da enxertia são as doenças de plantas presentes na agricultura, que inevitavelmente tem atacado os pomares em todo o mundo. Certas copas produzem bons frutos em quantidade e qualidade, mas suas raízes morrem com o ataque de certas doenças. Enxertando a copa em um cavalo (base) resistente, temos uma planta produtiva e resistente!

Seu uso em plantas ornamentais é mais restrito, apesar da enxertia ser muito usada no enxerto de cactos. Os cavalos (bases) armazenam e absorvem bastante água, acelerando o crescimento e desenvolvimento dos cactos enxertados (topo).
Vantagens

Possibilita driblarmos características ruins das raízes ou parte aérea de uma determinada planta, permitindo a sua produção eficiente. Pode ser utilizada para minimizar ou eliminar os danos causados por doenças de plantas, problemas de adaptação das raízes a condições climáticas e de solo, além de muitas outras possíveis aplicações.
Limitações

A principal limitação da enxertia é a sua dificuldade de operação. É necessária uma mão de obra muito qualificada para tal. Seu grau de dificuldade varia de espécie para espécie. O percentual de pegamento (sobrevivência) costuma ser muito baixo em muitas espécies, como na manga e o pêssego. Anos de treinamento são necessários para fazer a enxertia, o que faz a mão de obra custar caro.

DIVISÃO DE TOUCEIRAS (divisão de rizomas, ou divisão de planta)

O que é a divisão de touceiras?

A divisão de touceiras, ou também chamada de divisão de rizomas, é uma das técnicas mais utilizadas na jardinagem para propagação vegetativa de plantas ornamentais, sendo também utilizada em algumas plantas alimentícias. A técnica consiste no corte dos rizomas subterrâneos, gerando novas plantas. Alguns exemplos de plantas que podem ser reproduzidas por esse meio são: estrelitzia, flor-de-leopardo, moréia, agapanto, grama-preta, várias orquídeas, bananeira, entre muitas outras plantas. 

Vantagens da técnica

As plantas denominadas “entouceiradas”, geralmente não podem ser reproduzidas por estaquia, enxertia ou alporquia. Normalmente essas plantas podem ser reproduzidas por sementes, demorando mais a atingir a fase adulta e florescer, do que as mudas geradas por divisão de touceiras. Quase todas as plantas podem ser reproduzidas por micropropagação em laboratório, mas é algo inviável para realização doméstica, por motivos óbvios. Além disso, a divisão de touceiras é um método fácil e mais garantido, ideal para multiplicações em pequena escala.
Limitações

Muitas vezes, cada planta gera poucas outras plantas por vez que é dividida, diferentemente da reprodução por sementes e pela micropropagação.

Como realizar a divisão de touceiras?
Este é um método é bem fácil de ser feito. O método pode ser generalizado da seguinte forma:
  1. Retire do vaso - Certifique-se de que a planta já pode ser dividida, contando-se o número de brotação, que em geral, devem ser de no mínimo 6. Se a planta estiver no solo, devemos desenterra-la inteira ou parcialmente, com uma boa quantidade de solo, de preferência, com o auxílio de uma enxada. Se estiver em um vaso, retire a planta totalmente do vaso.
  2. Divida as partes - Retire o excesso de solo, para que o rizoma e as raízes possam ser vistos melhor. Separe a planta em partes que contenham pelo menos 3 brotações, para que haja melhor pegamento. Assim, obtém-se novas mudas da planta.
  3. Plante - Na maioria dos casos, a nova muda já pode ser plantada em seu local definitivo, por já ter suas estruturas bem formadas. Recomenda-se a rega regular, sem encharcamentos.

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