Apesar do poder que os rios, lagos e oceanos tem de auto limpeza
e de purificação, com a industrialização a situação começou a mudar. Pois a
quantidade de detritos e poluentes despejados nas águas está crescendo muito,
superando essa capacidade de auto limpeza das águas. Além do aumento de
elementos que não são biodegradáveis que estão sendo lançados no ambiente
aquático. Sendo os que mais sofrem com
isso são as espécies que vivem nesse meio.
A lista de poluentes é grande e entre eles estão, os
detergentes, pesticidas, petróleo, resíduos industriais, produtos agrícolas, poluentes orgânicos, de origem
doméstica e etc.
Mesmo que alguns organismos aquáticos desenvolvam mecanismos
para diminuir os efeitos nocivos dos compostos químicos, ainda não são
suficientes para livrar esses organismos de mutações e alterações em sua
reprodução, alterando e muito a vida aquática.
Mudando o comportamento reprodutivo dos peixes, irão afetar
também a piracema, uma vez que alguns poluentes tem a estrutura muito igual ao
dos hormônios reprodutivos, dai os poluentes podem se ligar ao material
genético das células, provocando alterações nas informações que serão passadas
para as gerações futuras pela reprodução, comprometendo o desenvolvimento
reprodutivo dos peixes e indiretamente a piracema.
Um outro caso que afeta a reprodução dos peixes é a
temperatura da água, a água que é usada para resfriar equipamentos nas usinas
termelétricas é lançada ainda quente nos rios e aumenta assim a temperatura da
água, afetando a reprodução dos peixes e ate mesmo a respiração pois esgota o
oxigênio que contém na água.
A poluição sonora
esta afetando também a vida
desses organismos, pois o impacto que o barulho criado por plataformas de gás e
petróleo, navios, barcos e sonares afeta a distribuição dos peixes nos mares e
faz com diminua a sua capacidade de reprodução.
Já se realizaram estudos sobre a reprodução dos peixes nos
quais alguns foram criados em água limpa e os outros em água com um tipo de
corante, os resultados mostraram que os embriões que viviam com a presença do
corante existiam em menor quantidade e apresentava certa precariedade no
vitelo, a carga de nutrientes que o embrião tem à disposição no ovo até que
este ecloda e ele possa buscar alimento por conta própria.
Outro caso é que na produção do vitelo a fêmea mobiliza
componentes energéticos, como proteínas, de partes do corpo como o músculo, o
fígado e as gônadas e quando poluentes como metais pesados chegam ao fígado,
órgão responsável por sintetizar proteínas que compõem o vitelo, o nível de
proteína que se destina a ele diminui, o que leva a prejuízos na nutrição do
embrião.
E também temos o caso
do estrogênio, que quando disperso na água (pode vim da urina da mulheres que
tomam anticoncepcionais), é absorvido por animais do sexo masculino que podem
passar a produzir gametas femininos.
Diante de tais circunstâncias percebemos que mesmo sendo
problemas pouco conhecidos são de grande importância e que afetam diretamente a
continuação das espécies.
REFERÊNCIAS
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