terça-feira, 4 de setembro de 2012

Serra Do Cipó


Relatório do Trabalho de Campo na Serra do Cipó (MG), de EA Fabyana Carolina e Sílvia Cristina.



Canela-de-ema (Vellozia) afetada pela queimada

Família: Velloziaceae.
Nome científico: Vellozia Squamata Pohl.
Nome popular: Canela-de-ema.
A Canela-de-ema cresce 1 cm por ano, e um marcador de campo rupestre, além de ser uma planta muito resistente às  queimadas, brota rapidamente, possuindo uma adaptação característica de plantas do cerrado para suportarem a ação do fogo.








 Caliandra (flor símbolo do cerrado)


Família Fabaceae
Gênero Calliandra
Por ser muito comum no serrado brasileiro a Calliandra se tornou a planta símbolo do cerrado. 
Tem a aparência de um pompom, com porte de 2 a 4 m de altura e é usada também em aspectos paisagísticos por possuir uma inflorescência com cores destacantes.



Jatobá

Família: Fabaceae (Leguminosae)
Gênero: Hymenaea
Tradicional do bioma do cerrado, podendo chegar até 10 metros de altura, folhas compostas por dois folíolos e seu fruto é comestível com propriedades medicinais.


Coccoloba cereifera


Família Polygonaceae.
Espécie endêmica , que acontece apenas em uma área de 26km² na Serra do Cipó.
Espécie de fácil identificação pela sua coloração verde-acinzentada ou verde-vinácea, destacando-se na paisagem, em meio aos arbustos rupestres.


Rhynchospora speciosa (Família Cyperaceae)


Gênero Rhynchospora.
Planta também conhecida como estrela do cerrado, por causa da sua aparência.
As brácteas possuem em torno de 3 a 5 cm de comprimento, porém na R. nervosa podem alcançar até 22 cm.  
 

Sempre-vivas (Família Eriocaulaceae)









Nomes populares: sempre-viva, flor-de-palha, saudades-perpétuas. 
Essa planta é chamada de sempre-vivas porque são capazes de manter as cores e o aspecto vivo mesmo depois de secas, pode ser usadas em arranjos e decoração de interiores e pode apresentar de 0,7 a 1,2 m de altura.


 Líquens crescendo em rochas nuas


São organismos muito simples, podendo crescer em rochas  nuas e até mesmo tronco de árvores, para obter água, a noite  a rocha esfria e o vapor de água condensa e eles absorvem a água. Eles podem iniciar a degradação da rocha dando espaço para outras espécies podendo até formar uma floresta no decorrer de vários anos.

 Lobeira 

Nome científico Solanum grandiflorum Ruiz & Pav. 
Família Solanaceae.
Outros nomes populares: fruta-de-lobo, fruteira-de-lobo, jurubeba-lobeira; siuca huito (inglês), potato tree (inglês).  
O lobo-guará são bastante dependentes da lobeira  e estabelecem, com esta planta, uma relação  simbiótica sem os  frutos da lobeira, o lobo-guará morre de complicações renais. Em contrapartida, o lobo-guará tem um papel fundamental na dispersão das sementes dessa planta.


Galhas


São estruturas que se desenvolve através dos ovos que são colocados por moscas em algumas partes das plantas.

 
Girinos

São larvas de rãs e sapos. Todo anuro, seja ele um sapo, rã ou perereca, passa pela fase de girino, que pode acontecer dentro da água, dentro do ovo ou em estruturas protetoras do corpo de seus pais.


Cavalinha (Equisetum)


Nome Científico: Equisetum spp 
Nomes Populares: Cavalinha, Árvore-de-natal, Cauda-de-cavalo, Cauda-de-eqüina, Cauda-de-raposa, Eqüisseto, Erva-de-canudo, Milho-de-cobra, Pinheirinho, Rabo-de-cavalo 
Família: Equisetaceae.
Seu nome é de origem latina, composto por "equi" (cavalo) e "setum" (cauda), ou seja, rabo de cavalo.
 Possui propriedades medicinais.

 

Água com algas verdes indicando algum grau de poluição com matéria orgânica

Indica o processo inicial da eutrofização, tendo como princípio básico a gradativa concentração de matéria orgânica acumulada nos ambientes aquáticos, provocando um aumento na quantidade de algas.


Pau-santo

Família: Zygophyllaceae.
Árvore de 7-18 m de altura, dotada de copa alongada, com ramos pendentes muito característicos.
tronco curto e cilíndrico, de 50-70 cm de diâmetro, revestido por casca muito rugosa e fissurada, que descama em placas irregulares.
Folhas compostas por 2 folíolos, de margens lisas, de 1,5-3 cm de comprimento por 1-2 cm de largura, dispostos em oposição nos ramos centrais, e sustentados por uma haste de 4-6 mm de comprimento.
Flores brancas, de 5 pétalas e estames salientes, reunidas em número de duas em cada haste de sustentação.
Fruto cápsula seca e leve, composta por três segmentos finos, ou “asas”, que revestem uma semente cada e medem 4 cm de comprimento.


Velózia de flor amarela


Família: Velloziaceae
Gênero: Vellozia
É uma monocotiledônea de porte arbustivo, muito característica dos campos e cerrados do Brasil .


  Velózia de flor vermelha

Família: Velloziaceae
Gênero: Vellozia
É uma monocotiledônea de porte arbustivo, muito característica dos campos e cerrados do Brasil .


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Questões sobre Limnologia

01. Comente a respeito do item 5.3.4 (página 70 em diante, considerando a formação das lagoas em nossa região).

Os lagos são corpos d’água interiores sem comunicação direta com o mar e suas águas oceânicas. Os lagos não são elementos permanentes das paisagens da Terra, pois eles são fenômenos de curta durabilidade na escala geológica, portanto surgem e desaparecem no decorrer do tempo.
A formação das lagoas pode ser de várias maneiras, um exemplo é a formação dos lagoas  pela dissolução de rochas ou erosão,  que são resultantes do acúmulo de água em depressões formadas devido à solubilização de rochas calcárias, de cloreto de sódio  ou de sulfato de cálcio. O agente solubilizador ou de erosão pó ser a água  da chuva, água subterrânea ou ambas. Estas rochas normalmente ocorrem em regiões nas quais predominam um clima mais quente do que o atual.

02. Qual o significados das expressões limnologia, ictiologia, plâncton, nécton, bênton, "à montante" e "à jusante"? (Use outras fontes de pesquisa, se for o caso.)

LIMNOLOGIA: A Limnologia é o estudo das reações funcionais e produtividade das comunidades bióticas de lagos, rios, reservatórios e região costeira em relação aos parâmetros físicos, químicos e bióticos ambientais, ou seja, é uma parte de hidrologia (ciência que estuda a água) que se ocupa em estudar os corpos de águas continentais ou interiores, isto é, a água encontrada fora do litoral, mais para o interior, como os rios, os lagos (que são de água doce, pois não estão em contato com a água do mar, enquanto que as lagoas, por estarem sempre em contato com o mar, são salgadas), os lençóis subterrâneos (aqüíferos ou lençóis freáticos), águas de cavernas e etc.

ICTIOLOGIA: A área da zoologia  dedicada ao estudo dos peixes é conhecida como ictiologia, originada no período paelolítico, tendo vários avanços significativos com o passar do tempo. Está associada à biologia marinha, que estuda os ecossistemas de água salgada, à limnologia, estudo das comunidades bióticas de água doce, e à oceanologia, uma ciência multidisciplinar que estuda os oceanos sob os aspectos físico, químico, biológico e geológico.

PLÂNCTON: O Plâncton  é formado por organismos uni ou pluricelulares, em sua grande maioria microscópica, que flutuam com pouca capacidade  de locomoção nos oceanos e mares, na superfície de águas salobras, doces ou lagos. Alguns invertebrados, as medusas e o Krill  são exemplos de plânctons macroscópicos, ou seja, podem ser vistos a olho nu. O plâncton é a base da cadeia alimentar do ecossistema aquático. Plâncton é uma palavra de origem grega (plagktós), que significa errante. O fato dos plânctons não terem um efetivo poder de locomoção, ou seja, de flutuarem à deriva pelas águas, portanto de forma “errante”, justifica seu nome.

NÉCTON: Compreende o conjunto dos seres que nadam livremente, deslocando-se por atividade própria, vencendo a correnteza. O nécton abrange peixes (tubarões, robalos, tainhas, sardinhas, etc.), répteis, como a tartaruga, e inúmeros mamíferos (baleia, focas, golfinhos, etc.), entre outros animais.

BÊNTON: São o conjunto de seres que vivem fixos ou se arrastam no fundo do mar. Enfim, são os seres que pouco se afastam do fundo. Muitas algas, esponjas, ouriços-do-mar  são exemplos de representantes de seres bentônicos.

MONTANTE e JUSANTE: Jusante e montante são lugares referencias de um rio pela visão de um observador. A jusante  é o lado para onde se dirige a corrente de água e montante é a parte onde nasce o rio. Por, isso se diz que a foz de um rio é o ponto mais a jusante deste rio, e a nascente é o seu ponto mais a montante.

03. Considere os efeitos negativos dos grandes lagos artificiais (páginas 91 e 92).
a) Escolha três dos efeitos citados e comente a respeito deles.

Efeitos sobre o clima

A represa exercer efeitos antagônicos sobre o clima, ou mais especificamente, sobre a umidade relativa do ar, dependendo da densidade da cobertura vegetal existente na área inundada. Em áreas desérticas, a grande superfície da água criada pelo represamento permite maior evaporação e aumento da umidade relativa do ar. Em zonas de densa cobertura vegetal, entretanto, ocorre o contrário. A superfície livre da evaporação do lago é forçosamente menor que a soma da superfície das folhas através das quais se dá a transpiração vegetal, havendo conseqüentemente, decréscimo da umidade relativa. Esse fato pode trazer conseqüências graves para a ecologia local, principalmente no caso de grandes represas construídas em áreas de mata muito exuberante, como é o caso do Itaipu, por exemplo.


Eutrofização

A eutrofização é uma reação em cadeia, de causas e efeitos característicos, que têm como resultado final a quebra do equilíbrio ecológico, pois passa a haver mais produção de matéria orgânica do que o sistema é capaz de decompor. Esse desequilíbrio ecológico é acompanhado de mudanças radicais no metabolismo de todo o sistema.
Pode-se dizer que, de um modo geral, a eutrofização acelera os processos metabólicos de um lago, devido a superfertilização, principalmente com Nitrogênio e Fósforo. Essa superfertilização possibilita o aumento da biomassa de algas, macrófitas aquáticas, e o aumento de matéria orgânica no sedimento.

Alterações geológicas

O represamento de rios, atingindo extensas áreas, tem causado por vezes alterações nas formações geológicas. Budweg (1972) ressalta que, durante a Primeira Semana Paulista de Geologia Aplicada, em 1969, parte dos debates foi dedicada ao fenômeno e, desde então, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da USP, e a Associação Paulista de Geologia Aplicada vêm estudando o assunto. Essa pesquisa possibilitou concluir que:
-                  Em várias partes do mundo a formação de grandes reservatórios artificiais causou terremotos de intensidades leves e médias, em regiões consideradas livres de atividades sísmicas;
-                Os abalos sísmicos se restringiram à zona imediata de implantação da barragem e do reservatório, sem causar abalos nas regiões mais distantes;
-                Os abalos foram causados pela adaptação das formações geológicas da área do reservatório, às pressões hidrostáticas elevadas e às condições pela infiltração da água;
-                Não se podem generalizar as causas, nem prever, por enquanto, de uma de uma maneira geral, a eventual ocorrência do fenômeno, como consequência da presença de determinadas formações geológicas.

b) Procure identificar algum outro efeito não citado e comente a respeito dele.

Efeito sobre a paisagem
                                 
Os lagos artificiais dão uma imagem nova e diferente à paisagem, mesmo quando o desmatamento é feito com cuidado, no local abrangido pela faixa de oscilamento do nível do reservatório, sempre permanece o aspecto de uma natureza morta. Às vezes, as novas margens se tornam pantanosas, podendo constituir em focos de vetores de doenças endêmicas. Esse é o caso, por exemplo, da represa Billings, em São Paulo, que, desde a sua inundação até por volta de 1940, apresentava focos de malária.

04. Comente a respeito das três regiões (compartimentos) indicadas na figura 6.1.  

Região Litorânea
A região litorânea corresponde ao compartimento do lago que está em contato direto como ecossistema terrestre adjacente, sendo, portanto. influenciado diretamente por ele. Pode-seconsiderar este compartimento uma região de transição (ecótono) entre o ecossistema terrestre eo lacustre. Por esta razão, trata-se de um compartimento com grande número de nichosecológicos e cadeias alimentares, tanto de herbivoria na qual a fonte de energia é a biomassavegetal viva, como de detrito que tem como fonte de energia a biomassa morta. Pode-seconsiderar esta última como a principal responsável pelo fluxo de energia neste compartimento,no qual participam inúmeros invertebrados aquáticos. Dentre estes, destacam-se várias espéciesde oligoquetas, moluscos, crustáceos e insetos. Estes últimos desempenham papel maisrelevante na cadeia de detritos quando na fase larvar.
A região litorânea apresenta todos os níveis tróficos de um ecossistema: produtoresprimários, consumidores e decompositores. Assim, esta região pode ser considerada como umcompartimento “autônomo” dentro do ecossistema aquático. Neste compartimento acolonização por macroalgas, briófitos, pteridófitos e plantas superiores (macrófitas aquáticas) éa sua principal característica. A base desta cadeia, os detritos, tem sua origemprincipalmente da biomassa morta de macrófitas aquáticas. Em alguns lagos, folhasprovenientes das adjacências, especialmente da vegetação circundante, podem desempenharimportante papel na formação de detritos na região litorânea.Os invertebrados que vivem na região litorânea podem apresentar várias adaptações àvida aquática. Por exemplo: alguns hemípteros acumulam ar sob os hemi-élitros (diticídeos);
alguns coleópteros acumulam ar embaixo do corpo (hidrofilídeos). Este ar armazenado éutilizado na respiração destes organismos. Muitas pupas e larvas de insetos perfuram a epidermedas macrófitas aquáticas para retirar oxigênio do parênquima aerífero destas plantas.Deve-se ressaltar que em muitos ecossistemas lacustres a região litorânea é poucodesenvolvida ou mesmo ausente, como é o caso da maioria dos lagos de origem vulcânica erepresas. A região litorânea subdivide-se em eu-litoral e sublitoral.

 Região Limnética ou Pelágica

Ao contrário da região litorânea, a região límnética é encontrada em quase todos osecossistemas aquáticos. Suas comunidades características são o plâncton e o nécton. Acomunidade planctônica é constituída por bactérias, algas uni e pluricelulares (fitoplâncton) einvertebrados (zooplâncton), que se caracterizam pela capacidade de flutuar na água . Alguns invertebrados como crustáceos são capazes de nadarativamente, fato este que os auxilia significativamente na realização de migrações verticais.Certamente a alta viscosidade da água desempenhou importante papel na evolução dacomunidade planctônica.Pode-se considerar a capacidade de flutuação na água como a principal condição para aexistência do plâncton. Para flutuar, o plâncton deveria ter densidade igual à da água. Contudo,a densidade da maioria destes organismos é superior a esta. Assim, a flutuação do plâncton,especialmente do fitoplâncton, é, na realidade, um afundamento vagaroso, exceção feita aosorganismos com movimentos próprios.Outra comunidade típica da região pelágica é o nécton, que ao contrário do plâncton,possui movimentos próprios, por isso pode ser freqüentemente encontrado na região profunda.Em lagos, esta comunidade é formada quase que exclusivamente por peixes.

Região Profunda

Esta região é caracterizada pela ausência de organismos fotoautróftcos, causada pela nãopenetração de luz e por ser uma região totalmente dependente da produção de matéria orgânicana região litorânea e limnética. Sua comunidade, a bentônica, é formada principalmente porinvertebrados aquáticos como: oligoquetas (tubificídeos), crustáceos (ostrácodes), moluscos(gastrópodos e bivalvos), larvas de insetos (quironomídeos, efemerópteros, odonata, etc.) (verCap. 23).A diversidade e a densidade populacional dos organismos bentônicos depende, emprimeiro lugar, da quantidade de alimento disponível e da concentração de oxigênio da água.